A cada dia mais famílias decidem que querem um pet.
Não é a toa que o Brasil é um dos maiores mercados pet do mundo. E não to falando em venda de animais, mercado pet se entende por tudo que é vendido e que envolva um animalzinho de estimação.
Bom, ter uma companhia de pêlos é maravilhoso e adotar um pet pode ser a solução ideal pra você ter uma novo amigo.
Algumas famílias optam por comprar um animal com raça definida – e está tudo bem, desde que você pesquise bem sobre o criador e não compre de irresponsáveis.
Já outras famílias preferem adotar um animalzinho e dar a ele a chance de uma vida melhor.
No caso da adoção deve-se também pesquisar a ONG ou associação para ter certeza que são pessoas sérias.
Ao final vou deixar uma pequena lista com nomes de algumas ONGs e Associações que eu conheço.
Bem, mas qualquer que seja sua opção, é importante que a decisão seja tomada com consciência e muita responsabilidade. Um animal é um ser vivo e por mais que não fale, ele sente.
Outro ponto importante é ter em mente que o pet é um projeto de longo prazo.
Animais de companhia (cães e gatos) vivem em média entre 10 e 17 anos. Outras espécies podem viver um pouco menos ou mais, hamsters por exemplo vivem entre 2 e 4 anos, enquanto papagaios vivem uns 50 e jabutis até 150 anos.
Então, mais uma vez eu digo que você deve pesquisar e pensar muito antes de ter um pet.
E se você não vive sozinho, essa decisão tem que ser com a participação de todos os membros da família.
Certo, mas num primeiro momento, o que vou precisar?
Então, depois de muito pesquisar e pensar você decidiu ter um pet.
Legal!
Se prepare, pois sua vida vai mudar e você terá momentos memoráveis pela frente.
Independente da espécie que você escolher, pesquise todos os aspectos da vida dela. O que come, onde dorme, se da-se bem com crianças, se fica sozinho… tire todas as suas dúvidas sobre o animalzinho. Pergunte a pessoas que têm aquele animal e se achar que precisa de mais, consulte um veterinário.
Isso não é pra te assustar, é pra que você esteja preparada para os perrengues que possam surgir. E mesmo com toda essa pesquisa, vão surgir coisas que você não sabia.
Depois que souber quase tudo sobre a sua espécie do coração, pesquise e analise os gastos mensais e anuais que você terá.
Por exemplo: com alimentação, com a castração, com vacinas, com vermífugos/desparasitastes e anti-pulgas e carrapaticida e visitas ao veterinário.
Se depois de todo esse conhecimento adquirido você ver que um pet cabe na sua vida e cabe no seu bolso, parta para a busca do pet que vai roubar seu coração.
E onde eu encontro um animal?
Olha, atualmente é possível encontrar ONG’s para as mais diversas espécies de animais de estimação.
No caso das ONGs os animais são adotados, mas em algumas você terá que pagar taxas simbólicas para a castração e primeiras vacinas.
ONGs sérias procuram por adotantes responsáveis e ao se candidatar você passará por uma sabatina de perguntas, preencherá formulários e terá que prestar “contas” com fotos frequentes sobre a vidinha do novo pet.
Essas regras existem e devem ser cumpridas, pois é dessa forma que se evita novos abandonos e se responsabiliza maus tratos.
Caso você queira uma raça específica pode procurar criadores responsáveis e comprometidos com o bem estar dos animais.
Desconfie de filhotes muito novos (menos de 2 meses), criações muito frequentes e se te negarem de conhecer o criadouro e os pais dos bebês (chamados de matrizes). Criador sério não abusa ou trata com crueldade suas matrizes.
Encontrei meu filho animal e agora?
Agora começa uma nova fase. Cheia de alegrias, erros, frustrações e resiliência.
Você humano é o responsável para que tudo corra bem e você terá de fazer das tripas coração para que seu novo animalzinho viva bem, afinal você é o ser racional.
Marque a consulta com o veterinário para um check up completo e dar início ao protocolo de vacinas e desparasitação (interna-lombrigas e externa-pulgas e carrapatos).
Se você adotou um filhote saiba que além do básico: água, comida e carinho. Você terá que educa-lo e ter muita paciência.
Lembre-se sempre que ele é um bebê. Ele vai fazer muita coisa errada (xixi e cocô principalmente) e estragar alguns dos seus bens materiais.
Entretanto, se você tiver paciência, calma e for objetivo, seu filhote vai aprender rápido e vai ser o amigo perfeito. Os desastres do caminho serão lembranças da construção de um vínculo de puro amor.
Vai por mim, você vai amar o pestinha que comeu seus sapatos e arranhou suas cortinas.
Filhotes exigem treino e são muito ativos. Os treinos para as necessidades no lugar certo ou para que não roam bens depende apenas de você, humano.
E não se preocupe. Como qualquer “mãe”, você também vai errar na educação do seu filhote e juntos vocês vão aprender o que funciona e o que não funciona durante o treinamento e a vida.
Se seu pet já é adulto os estragos podem ser menores, mas ainda assim podem acontecer.
Animais adultos já têm suas próprias manias enraizadas e pode ter alguns traumas que ninguém sabe.
Lembre-se de que o que é novo pra você, é novo pra ele também. Dê tempo ao tempo e tudo vai ficar bem.
No caso da adoção de adultos, tente conhecer a história do animalzinho e seus possíveis traumas. Não exija demais dele por ser adulto. A vida pode ter sido demasiada cruel com ele até encontrar você. Dê amor e carinho, tenha paciência e vá mostrando o que pode e o que não pode. Ele vai aprender.
Em qualquer dos casos é importante que você esteja com a casa preparada para seu novo amigo.
Compre os utensílios de que ele vai precisar, uma boa ração ou refeição de alimentação natural (tem livro de receitas aqui no site) se você preferir e marque uma consulta com a veterinária. Um check up inicial é recomendado e dessa forma você poderá tirar dúvidas e ser orientado sobre as vacinas e desparasitações necessárias.
Nossa, é mesmo muita responsabilidade. Eu to preparada. O que mais eu preciso?
Você sempre poderá e irá aprender mais sobre seu novo amigo a cada dia. Aos poucos saberá mais sobre a personalidade dele, o que gosta de comer, como brinca e outras coisas.
Então, para começar essa nova etapa acho que falamos tudo.
Claro que as recomendações de comida, vacinas e outros muda conforme a espécie que você quer adotar. Todavia, para todas elas dar amor e carinho, ter paciência e responsabilidade, tratar com respeito e dar suporte financeiro (visitas ao veterinário com frequência) são cruciais e obrigatório.
Ah! Tem mais duas coisinhas que quero falar pra você.
O quê? Diz!
Durante o período de pesquisa sobre a espécie a ser adotada ou comprada, lembre-se de incluir todos os membros da família na decisão e pensar no futuro.
Juntos vocês devem avaliar o agora e o futuro. Por exemplo: hoje vocês são um casal, mas e se amanhã surge uma alergia a pêlos, uma gravidez ou vocês decidem mudar para um apartamento ou de cidade ou de país, e o pet?
O animalzinho que você adotou ou comprou é um ser vivo e deve fazer parte desses seus planos futuros. Ele é parte da família, portanto, analise o que você faria se sua situação atual de vida mudasse.
Caso tenha dúvidas se vai ou não incluir o animalzinho nessas mudanças, não tenha um pet.
Então, se você quer mesmo ter um animal de companhia, tire o tempo que precisar para pesquisar e refletir sobre os pormenores. Não tenha pressa. Tenha paciência e haja com responsabilidade.
Sempre que possível, dê preferencia à adoção. Existem milhares de animais abandonados ou resgatados de maus tratos que serão eternamente gratos à você por amá-los.
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